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Formação Profissional: O Ensino da Biologia para Discentes Surdos/as
RESUMO
As Línguas de Sinais são atualmente consideradas pela Linguística como línguas naturalmente constituídas num sistema linguístico e não mais como um problema do surdo ou uma patologia da linguagem, e nem considera os surdos como deficientes na comunicação como pregavam os oralistas. Mas apenas nas últimas décadas vem sendo desenvolvidas pesquisas sobre surdez a partir do ponto de vista de uma comunidade linguística diferente, pertencente a uma modalidade de língua visual espacial. No ambiente em que se insere a língua como forma de comunicação, concentra-se a possibilidade da convivência de uma ou mais línguas com diferentes comunidades sociais, considerando a natureza do sujeito. Nesse aspecto, toda criança pode, partindo de um número relativo de exemplos tomados de uma determinada língua, escolher a língua particular para sua efetiva comunicação, se a mesma estiver inserida num contexto familiar bilíngue. Em relação às atividades pedagógicas desenvolvidas com surdos/as, pode-se perceber que, na maioria dos casos, o/a discente surdo/a é sempre norteado pela obrigação de igualar-se à cultura ouvinte, seguindo os fundamentos linguísticos, históricos, políticos e pedagógicos daquela cultura, sem levar em conta que ao considerar o aluno/a surdo/a como um ouvinte, a instituição nega-lhe a singularidade do/da surdo/a, em especial quando o assunto é o ensino da língua portuguesa como L2, ou seja, segunda língua para surdos/as, quando nem sempre se fornece subsídios de ensino da escrita da língua portuguesa para alunos/as usuários/as de uma língua gestual-visual, respeitando a sua singularidade de ser surdo/a. Nesse sentido, as instituições de ensino devem ser entendidas como espaço político e democrático por excelência, onde todos e todas têm o direito de participar, de construir conhecimentos, através das informações contempladas na sua língua natural. Partindo dessas considerações, o objetivo do minicurso é favorecer aos profissionais em formação da área biológica subsídios em como trabalhar com discente surdo/a, incluindo nos diferentes aspectos, sociais, educacionais, político dentre outros.
CONTEÚDO
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Conceitos de surdez;
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Histórico do/as surdos/as no mundo e no Brasil;
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Legislação e políticas públicas na área;
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Aspectos linguísticos das línguas de sinais
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Treino prático da Libras em nível Básico: Percepção visual com figuras imagéticas; Nomes próprios e Localização de nomes; Números cardinais e soletração; Saudações; Idade; Pronomes e interrogativos; Advérbio de tempo e condições climáticas; Calendário; Estações do ano; Pontos cardeais; Alimentação; Meios de comunicação; Meios de transportes; medidas de massa, peso/quilo, comprimento, metro, volume e quilômetros; Família; Profissões; esportes; Verbos; Pronomes demonstrativos; Pronomes possessivos; Pronomes pessoais.
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Terminologia nas áreas de ensino através da LIBRAS.
Carga horária:8h
Ministrante: Prof. Msc.Wermerson Meira Silva
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